Amor só em segurança: 42% afirmam que só teriam um encontro com alguém vacinado ou com anticorpos

04-08-2021

Numa era de confinamento e restrições, os consumidores estão a prestar mais atenção à sua saúde e segurança pessoal enquanto "namoram", de acordo com um novo estudo da Kaspersky. Inclusive, quatro em cada dez (42%) preferem apenas encontrar-se fisicamente com alguém que tenha anticorpos ou um certificado de vacinação. 

O estudo permitiu também concluir que, desde o início da pandemia, os consumidores se tornaram mais ansiosos no que toca a encontros cara-a-cara e o número de pessoas que não se encontram offline com nenhuma das suas correspondências mais do que duplicou (de 16% para 35%).

A pandemia alterou significativamente muitas das nossas atividades diárias e os encontros não são exceção. Durante os vários períodos de confinamento, as pessoas passaram mais tempo em aplicações de encontros e o número de utilizadores está a crescer.

Exigir saber em que estado está o processo de vacinação de uma pessoa com quem vamos ter um encontro é uma consequência óbvia da pandemia. No entanto, encontrarmo-nos diretamente com uma pessoa que conhecemos online parece gerar mais preocupações do que apenas a de ficarmos doentes. A nível mundial, os utilizadores sentem-se nervosos (50%) ou inseguros (18%) quando se encontram pessoalmente pela primeira vez com alguém que conheceram online.

A fim de atenuar algumas destas preocupações, a maioria (72%) dos que utilizam websites e aplicações de encontros online quer falar primeiro por telefone ou vídeo antes de concordar em encontrar-se fisicamente.

"Com todas as políticas e restrições de isolamento por todo o mundo, os encontros online parecem desempenhar atualmente um papel importante na vida das pessoas. Ainda assim, a transição do «online» para o «offline» é um salto de fé para muitos: não há apenas a situação dos cuidados de saúde a considerar, mas também os riscos inerentes ao encontro com um estranho. Para continuarmos a desfrutar de encontros online e offline em segurança, é importante estarmos atentos aos dados que partilhamos com o nosso correspondente - para que, se mudarmos de ideias sobre o encontro com essa pessoa, estejamos sempre a tempo de controlar a situação, sabendo exatamente quanta informação partilhámos sobre nós próprios e como pode ser utilizada", comenta David Jacoby, investigador de segurança da Kaspersky.

"Querermos encontrar-nos pessoalmente após meses de isolamento vai ao encontro das nossas necessidades mais humanas. Os seres humanos são criaturas sociais que precisam de companheirismo e proximidade física. As apps de encontros tornaram possível a ligação com novas pessoas durante a pandemia, mas um encontro físico é algo completamente diferente. Trata-se de linguagem corporal, olfato e tato. Só quando estas componentes se juntam é que podemos realmente decidir o que sentimos por essa pessoa", explica a terapeuta Birgitt Hölzel da clínica de Munique Liebling + Schatz.

E acrescenta: "Na pandemia, implodiram inseguranças, especialmente ao nível do contacto físico. É por isso que é uma reação normal os utilizadores de apps de encontros quererem agir em segurança - insistindo em encontrar-se apenas com os que levam a sério as suas necessidades de segurança e proteção."

De forma a ajudá-lo a manter os seus dados pessoais privados enquanto utiliza apps de encontros online, a Kaspersky recomenda:

  • Partilhar fotografias que não revelem informações como a sua localidade ou emprego. Utilizar fotografias de viagens ou em outros locais públicos, sem dados pessoais ou outras pessoas;
  • Utilizar o messenger incorporado nas plataformas de encontros, em vez de partilhar o seu número de telefone ou outras aplicações de mensagens. Se decidir mudar para outra aplicação, não se esqueça de a configurar para manter os seus dados privados e em segurança;
  • Utilizar uma solução de segurança eficaz que oferece proteção avançada em múltiplos dispositivos. O Kaspersky Security Cloud pode ajudar a gerir as aplicações e remover permissões quando tais não forem necessárias.

Para tornar os encontros cara-a-cara seguros e agradáveis, o terapeuta Stefan Ruzas, da clínica de Munique Liebling + Schatz, recomenda:

  • Encontrar-se sempre em público nas primeiras vezes, como num restaurante, num passeio ao ar livre ou no cinema;
  • Conceder todos os detalhes do encontro a alguém em quem confia - quando, onde e com quem se vai encontrar;
  • Não se encontrar perto do local onde vive. Desta forma, poderá ser seguido;
  • Não partilhar de imediato a morada;
  • Se não se sentir confortável em relação a uma pessoa, termine o encontro. Não é obrigado a fazer nada.