Casper Ruud sagra-se campeão no Estoril Open ao vencer Miomir Kecmanovic
O norueguês Casper Ruud, quinto tenista mundial, sucedeu no palmarés dos campeões do Estoril Open ao argentino Sebastián Báez, impondo-se em dois sets ao sexto cabeça de série, o sérvio Miomir Kecmanovic. Frente ao 40.º jogador mundial, o norueguês de 24 anos triunfou com os parciais de 6-2 e 7-6 (7-3) em uma hora e 49 minutos.

Primeiro pré-designado no Clube de Ténis do Estoril, Ruud, que eliminou Báez nos quartos de final, conquistou o 10.º título do seu palmarés, que inclui ainda a presença na final de Roland Garros e do Open dos Estados do ano passado, e o primeiro desta temporada.
A disputar pela primeira vez o Millennium Estoril Open e com o estatuto de primeiro cabeça de série a seu cargo, o número cinco do ranking ATP impôs-se ao sérvio Miomir Kecmanovic (40.º) em duas partidas, com os parciais de 6-2 e 7-6(3), para erguer o primeiro título da temporada e 10.º da carreira (dos quais nove foram em terra batida).
Depois de superar João Sousa (campeão em 2018), Sebastian Baez (vencedor em 2022) e o "tomba-gigantes" Quentin Halys num emocionante e dramático tie-break da terceira partida, Casper Ruud derrotou o amigo Miomir Kecmanovic após 1h49 de um duelo em que salvou os três pontos de break que enfrentou — todos no último set.
Número cinco do ranking mundial, Casper Ruud sucedeu a Richard Gasquet (2015), Nicolas Almagro (2016), Pablo Carreño-Busta (2017), João Sousa (2018), Stefanos Tsitsipas (2019), Albert Ramos-Vinolas (2021) e Sebastian Baez (2022) numa galeria de campeões em que passou a ser o jogador com melhor classificação a erguer o troféu.
No final do duelo frente ao contemporâneo Miormir Kecmanovic, o melhor tenista norueguês de todos os tempos mostrou-se encantado com a semana no Clube de Ténis do Estoril e na cidade. E deixou a porta aberta para o regresso. "Adorava tentar volta. Não tenho a certeza se a semana será igual no próximo ano, mas gosto do facto de terem colocado um torneio na Europa antes de Monte-Carlo, o que é perfeito para preparar para a terra batida se não jogar muito bem em Miami. A não ser que Miami corra muito bem, acho que é provável voltar. É um dos meus 250 preferidos. Trataram-me muito bem, os estádios estiveram sempre cheios nos meus encontros, os fãs foram incríveis, boa comida, bom ambiente. E é tudo muito tranquilo no clube. Os campos são mesmo ao lado do ginásio. E tive também boas experiências fora do court e isso é sempre importante quando um jogador decide se volta ou não".
Sobre o nono título no pó de tijolo e os dois dígitos alcançados - sempre no escalão mais baixo do ATP Tour, apesar das duas finais em Grand Slam e no ATP Finals -, Ruud mostrou satisfeito essencialmente pela mensagem que transmite ao balneário. "O plano este ano não é jogar demasiados 250 para ver como estou nos torneios maiores. Este vai ser um dos poucos que vou jogar e ganhá-lo é um bom sentimento. Não me interessa muito se é 250, 500 ou 1000. Não posso falar muito porque nunca ganhei desses, mas jogar uma final, até se for um Grand Slam, é sempre entusiasmante, significa que estivemos bem durante a semana. O meu plano é ganhar algo maior do que um 250. Já tenho 10, é um grande número e um grande feito, mas quero ganhar torneios maiores e vou ter oportunidades nas próximas semanas. Mas é um arraque perfeito. Vou com dinâmica para Monte-Carlo, mostrei que estou de volta, no caminho certo e espero estar confortável a jogar bem em terra batida. Espero que os meus adversários vejam. Se compararem com o que joguei em terra e rápido, vão ver que ganhei o primeiro torneio em terra. É bom sinal para mim", comentou o novo número quatro mundial a partir desta segunda-feira.
Sander Gille e Joran Vliegen sagram-se campeões de pares
Os belgas Sander Gille e Joran Vliegen são os novos campeões do Millennium Estoril Open. Um dia depois de afastarem os vencedores de 2022, Nuno Borges e Francisco Cabral, os quartos cabeças de série derrotaram os sérvios Nikola Cacic e Miomir Kecmanovic (que também foi vice-campeão em singulares) por 6-3 e 6-4.

Num duelo muito marcado pelos problemas gástricos de Cacic (servia e movia-se com bastaste dificuldade), os belgas não deram hipóteses à dupla opositora a partir do break madrugador sofrido no terceiro jogo para erguer o sétimo título ATP enquanto dupla, segundo de 2023. Um triunfo que também lhes permite ascender ao nono lugar na corrida para o ATP Finals.
Kecmanovic tornou-se o primeiro tenista da história do Millennium Estoril Open a disputar as duas finais da mesma edição, mas acabou por ter um domingo de Páscoa com dois desaire, neste que foi o segundo torneio ATP com o amigo Cacic.