Estado de Calamidade mantém-se em 19 freguesias de Lisboa, Sintra, Amadora, Loures e Odivelas

09-07-2020

O primeiro-ministro afirmou ontem em Sintra que, para já, o estado de calamidade deverá manter-se em 19 freguesias da Área Metropolitana de Lisboa e que não há razões para elevar o nível de alerta na generalidade do país.

Esta posição foi transmitida por António Costa no final de uma reunião de cerca de duas horas com o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, em que António Costa esteve acompanhado pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, que é também o coordenador do Governo para a região de Lisboa e Vale do Tejo para o combate à covid-19.

"Não antecipo que na próxima quinzena se altere o estado de classificação das diferentes partes do país. A boa notícia é que para já nada indica que tenhamos de elevar o nível de alerta que vigora na generalidade do país", disse.

Relativamente ao conjunto da Área Metropolitana de Lisboa, o primeiro-ministro admitiu a possibilidade de haver "alguma evolução".

"Vamos ver, mas ainda falta mais de uma semana" para essa decisão ser tomada, alegou.

Já no que respeita a 19 freguesias dos concelhos de Sintra, Amadora, Lisboa, Loures e Odivelas, António Costa declarou o seguinte: "Para já, não antecipo que haja condições para avançarmos no sentido de diminuir o grau de classificação do estado de exceção".

Depois de Sintra, reunião na Amadora

O primeiro-ministro, António Costa, advertiu hoje que ninguém pode "afrouxar" nas medidas de proteção contra a pandemia da covid-19, e considerou essencial que haja "persistência" na aplicação das medidas e "paciência" em relação aos resultados.

António Costa falava no final de uma reunião com a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares, em que também estiveram presentes a ministra da Saúde, Marta Temido, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, que é também o coordenador do Governo para a região de Lisboa e Vale do Tejo para o combate à covid-19.

Perante os jornalistas, o primeiro-ministro considerou que o modelo de intervenção aplicado na Amadora no combate à covid-19, baseado em equipas multidisciplinares e com ações direcionadas em termos de terreno, "foi um bom exemplo", sendo agora "replicado" em outras zonas da Área Metropolitana de Lisboa.

Em relação à situação do país em termos de combate à covid-19, António Costa procurou deixar uma mensagem: "Ninguém pode afrouxar".

"Ninguém pode afrouxar as medidas de proteção individual, de higiene e de proteção respiratória até haver vacina - e a vacina estar disponibilizada universalmente. Até não haver vacina, ou não haver tratamento, o vírus continua a andar por aí", advertiu.

António Costa rejeitou depois a ideia de que a pandemia da covid-19 exija sempre novas medidas, defendendo, pelo contrário, "a necessidade de haver paciência e persistência na aplicação das medidas já no terreno".

"Há uma semana foi adotado um conjunto de medidas importantes e agora há que as aplicar. Algumas delas são muito recentes. Fora o caso do concelho da Amadora, que já tinha a experiência, os outros estão agora a aplicar e as medidas vão dar frutos", disse.

O primeiro-ministro insistiu na necessidade de haver persistência e paciência em relação aos resultados.

"Isto não é tirarmos da cartola mais uma medida que ajuda a resolver o problema", acrescentou.