Metade dos colaboradores assiste a conteúdos para adultos nos dispositivos para trabalhar em casa

02-06-2020

Com as medidas de distanciamento social a tornarem-se mais comuns e os colaboradores a terem de se adaptar a novos ambientes de trabalho - incluindo as várias divisões das suas próprias casas - a barreira entre a vida privada e a vida profissional torna-se cada vez menor. 

De acordo com as últimas conclusões do relatório da Kaspersky How COVID-19 changed the way people work , 51% dos indivíduos que se encontram a trabalhar a partir de casa e que começaram a assistir a mais conteúdo para adultos admitiram que os visualizam através dos mesmos dispositivos que utilizam para trabalhar.

O "novo normal" que os trabalhadores estão agora a enfrentar está a começar a ter impacto no equilíbrio entre a sua vida pessoal e profissional. Quase um terço (31%) dos mesmos admite que está a trabalhar mais tempo neste período de pandemia. Por outro lado, 46% revelou que tem mais tempo para se dedicar à sua esfera privada, o que poderá estar relacionado com o facto de agora não terem que de deslocar a tantos sítios ou viajar como antes faziam.

O novo relatório da Kaspersky também permitiu concluir que está a tornar-se cada vez mais difícil para os trabalhadores separarem o trabalho da sua vida pessoal, especialmente no que diz respeito à área de IT. Tornando-se uma preocupação para as empresas, 51% dos trabalhadores inquiridos que admitiram ter começado a assistir a mais conteúdo para adultos desde que ficaram em teletrabalho, estão a utilizar os dispositivos que utilizam para trabalhar para ver este tipo de conteúdos. Cerca de um quinto (18%) dos trabalhadores chega, inclusive, a utilizar os dispositivos cedidos pela sua empresa e 33% revela que assiste a conteúdo para adultos em aparelhos pessoais, nos quais também fazem algumas tarefas relacionadas com o trabalho.

Além disso, os trabalhadores estão também a habituar-se a utilizar os seus dispositivos pessoais para trabalhar, aumentando assim potenciais riscos provenientes das "shadow IT", que podem incluir a revelação de informação sensível. Por exemplo, 42% dos trabalhadores utiliza as suas contas pessoais de email para fins de trabalho, enquanto 49% dos mesmos admite que a sua utilização aumentou com o regime de teletrabalho. Já 38% utiliza messengers pessoais que não foram aprovados pelos departamentos de IT da sua empresa e 60% confessa que os utiliza ainda mais neste novo contexto.