Rota das Linhas de Torres Vedras no itinerário europeu dos destinos de Napoleão

21-05-2019

A Rota Histórica das Linhas de Torres Vedras passou a integrar o itinerário cultural europeu alusivo aos destinos de Napoleão Bonaparte, geridos pela Federação Europeia das Cidades Napoleónicas, revela o presidente da associação.

A Rota Histórica das Linhas de Torres Vedras, associação composta pelos municípios de Torres Vedras, Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira, aderiu à Federação Europeia das Cidades Napoleónicas, passando a integrar o itinerário "Destination Napoleon".

"A federação foca-se em temas mais abrangentes das invasões francesas e com esta adesão conseguimos promover melhor e atrair visitantes ao património das Linhas de Torres Vedras", afirmou José Alberto Quintino.

O itinerário europeu é um dos 33 existentes na Europa e une 60 cidades de 13 países, desde Portugal até à Rússia, em torno da figura do imperador Napoleão Bonaparte, que influenciou a Europa do século XIX.

A rota é uma associação que procura valorizar e promover em termos turísticos o património das Linhas de Torres Vedras.

Em março, foram classificados como Monumento Nacional os fortes e estradas militares construídos há mais de 200 anos para defender Lisboa das invasões francesas, que integram as chamadas Linhas de Torres Vedras.

A classificação como Monumento Nacional foi proposta há um ano ao Governo pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

A candidatura integrou 128 estruturas militares, como fortes e estradas militares, da primeira e segunda linhas defensivas, mas só 114 foram classificados, tendo 14 ficado de fora por se encontrarem degradados ou destruídos.

Há oito anos que a associação pedia a sua inclusão no inventário do património nacional.

As Linhas de Torres Vedras foram construídas sob a orientação do general inglês Wellington, comandante das tropas luso-britânicas no período das invasões francesas, para defender Lisboa das forças napoleónicas entre 1807 e 1814, durante a Guerra Peninsular.

Em 2010, ano em que se comemoraram os 200 anos da construção das linhas defensivas, foram inauguradas obras de recuperação, a que foram sujeitas, e centros de interpretação, um investimento estimado em cerca de seis milhões de euros.

Em 2014, a empreitada de desmatação, recuperação e reabilitação dos fortes venceu o prémio Europa Nostra, na categoria "Conservação".

Nesse ano, a Assembleia da República instituiu o dia 20 de outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres.

As Linhas de Torres Vedras recebem por ano pelo menos cerca de 10 mil visitantes.