Terreiro do Paço: Muro das Namoradeiras é novo ponto de paragem junto ao rio

15-04-2021

A tão aguardada reconstrução do Muro das Namoradeiras no Terreiro do Paço já está finalizada. Para além do projeto inicial deste património simbólico ter sido respeitado, foram também repostos os postes de iluminação originais e retirado o aterro entre o Cais das Colunas e a Praça da Estação Sul e Sueste. 

O Terreiro do Paço recupera, assim, o traçado que existia há 25 anos, antes das obras para o túnel e estação do Metro de Lisboa.

A reconstrução do Muro das Namoradeiras envolveu a inventariação de mais de 400 pedras que se encontravam depositadas nas instalações do Metro da Pontinha e que regressaram ao Terreiro do Paço para serem remontadas de acordo com o traçado original. Os 8 candeeiros que tinham sido retirados há vinte e cinco anos voltaram também a ser colocados. O aterro que existia desde essa altura entre o Cais das Colunas e a Praça da Estação Sul já foi retirado, pelo que foi recuperado o relacionamento pleno com o Tejo que existia antigamente.

O projeto de reconstrução do Muro das Namoradeiras e a reabilitação da Praça da Estação Sul e Sueste, que envolvem uma área de intervenção com cerca de 13 mil m2, são da responsabilidade dos arquitetos Bruno Soares e Pedro Trindade.

Esta iniciativa está integrada num projeto ainda mais vasto de reabilitação da Estação Sul e Sueste e da Doca da Marinha, a cargo da Associação Turismo de Lisboa por incumbência da Câmara Municipal de Lisboa, cuja cerimónia de abertura está agendada para o final deste mês.

Em setembro de 2016, o Estado cedeu as instalações da antiga estação junto ao Terreiro do Paço à Câmara Municipal de Lisboa, através de um protocolo de cedência de utilização.

O projeto de renovação da Frente Ribeirinha de Lisboa acompanha a margem direita do rio Tejo entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré com o objetivo de "criar condições para a atividade marítimo-turística, para o transporte público fluvial entre as duas margens" e ainda a criação de espaços de lazer e culturais, além de lojas e restauração.

O plano integra vários projetos interligados, como a retirada do aterro e a recuperação do traçado original do Cais das Colunas, cujas obras já estão em curso, a criação de um Cais de Apoio à Atividade Náutica e a reabilitação do pontão da Doca da Marinha.

Está prevista também a reabilitação da Estação Sul e Sueste até à traça original, de 1929, com o reforço dos dois pontões da Transtejo/Soflusa e a instalação de três novos pontões com passadiços para acolher embarcações dos diversos operadores turísticos.

Esta reabilitação conta ainda com uma nova área com cafetaria, quiosque, restaurante e esplanadas, um posto de informação, uma loja turística e o terminal de apoio aos passeios no Tejo, com a instalação de oito bilheteiras de diferentes operadores.