APA assegura qualidade da água consumida na Área Metropolitana de Lisboa

28-01-2020

A Agência Portuguesa do Ambiente assegurou hoje que a água com origem na bacia do Zêzere e na albufeira de Castelo de Bode cumpre os "requisitos necessários" para consumo humano, tendo sido minimizados eventuais efeitos provocados pelos incêndios de 2017.

Numa nota divulgada à comunicação social na sequência de uma informação de uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro, segundo a qual a qualidade do abastecimento de água da Área Metropolitana de Lisboa "pode estar seriamente comprometida" em consequência dos incêndios de 2017 junto ao rio Zêzere, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) afirma que, no seguimento do trabalho científico realizado por essa equipa, foram implementadas medidas "com vista à minimização dos eventuais efeitos provocados pelos incêndios na qualidade da água e nas condições de escoamento dos cursos de água".

Essas medidas, implementadas pela Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste (ARHTO) em colaboração com os municípios afetados, incluíram o levantamento das necessidades de intervenção nos recursos hídricos, e, com a EPAL, "um reforço da monitorização nas albufeiras do Cabril e de Castelo de Bode, assim como no rio Zêzere a montante (estações, frequência e parâmetros)", afirma a nota.

A APA refere ainda o "aumento das rotinas de vigilância da origem de água por observação visual e a antecipação de manutenção preventiva dos equipamentos associados às operações de tratamento, no sentido de acautelar a eventual necessidade de ajustar os sistemas de tratamento da ETA (Estação de Tratamento de Água)".

"Os resultados analíticos obtidos desde 2017 não apresentam alterações relativamente ao histórico, quer na captação do Cabril, quer na captação de Castelo de Bode", frisa.