Black Friday gera mais gastos que no Natal e saldos de janeiro

25-11-2019

A Black Friday ainda não aconteceu, mas a GfK estima que as vendas na semana de 29 de novembro, superem as do Natal em sete países: Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Espanha, Polónia e Brasil.

Os atuais consumidores são experientes e dedicam mais tempo a pesquisar antes de tomar uma decisão. De acordo com o estudo FutureBuy da GfK, quase metade dos consumidores na Europa (45%) dizem comparar preços hoje em dia, mais do que o faziam antigamente, com este número a aumentar para 58% na América Latina e na Turquia e 56% na Indonésia. Na Black Friday, em particular, a cobertura mediática negativa em alguns mercados no passado, fez com que os consumidores se preocupassem mais com vendas, descontos e promoções, encorajando-os a gastar ainda mais comparando preços, antes de se comprometerem com uma compra.

Os retalhistas incentivam os consumidores a negociarem na Black Friday

Em mercados onde a Black Friday rivaliza ou supera o gasto em comparação com o Natal, como a Grã-Bretanha, a Alemanha, a França, a Itália, Polónia, Rússia e Brasil, muitos fabricantes e retalhistas estão focados em tornar a estratégia mais premium. Os consumidores são incentivados a comprar produtos mais caros, em vez de escolherem os modelos mais baratos.

Em 2018, o Point of Sales Tracking da GfK identificou aumentos nos preços médios de venda (ASP) em toda a Europa, com o valor das vendas a superar o volume. Na Alemanha, nas categorias de Tecnologia e Bens Duráveis, foram registados aumentos muito elevados em valor (mais de 65% em comparação com a semana anterior) ao nível dos smartphones e TVs. Já a Grã-Bretanha, Polónia e Rússia assinalaram um crescimento no valor das vendas de ecrãs de alta definição e TVs. No Brasil, as vendas aumentaram mais de 230%, em comparação com a média semanal, em TVs, AirFryers e Notebooks.

Esta procura por produtos mais premium tem aumentado com 47% dos consumidores a referir que para eles "é importante mimarem-se regularmente", quase metade dos consumidores (49%) a concordar em "ter menos, mas bens com uma maior qualidade" e 45% dos consumidores a "comprar apenas a marcas de confiança" (GfK Consumer Life 2019).