Carris prevê normal funcionamento do seu serviço de transporte público em Lisboa
A Carris garantiu hoje que não prevê que ocorram problemas no normal funcionamento do serviço que oferece, em Lisboa, acrescentando que reforçou o seu abastecimento de combustível na sequência da greve dos motoristas prevista para segunda-feira.
Numa resposta enviada à agência Lusa, a empresa municipal de transporte público rodoviário de Lisboa dá conta que, "antecipando possíveis roturas de 'stock' nas suas instalações, e em articulação contínua com os seus fornecedores de combustíveis, assegurou durante a última semana a maximização do abastecimento da sua capacidade de armazenamento interna".
"Complementarmente, e tendo o Governo já decretado nos serviços mínimos a exigência de 75% para o abastecimento de empresas que prestam serviço público de transportes de passageiros, e sendo esses serviços mínimos cumpridos, a Carris não prevê que ocorram problemas no normal funcionamento do serviço que oferece", reforça a mesma informação.
A greve, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias, que acusam a Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
O Governo fixou os serviços mínimos para a greve depois de as propostas dos sindicatos e da associação patronal Antram terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluíam trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, anunciou hoje que o Governo declarou crise energética e afirmou que o direito à greve não é ilimitado.
Falando numa conferência de imprensa, o governante acrescentou que os serviços mínimos podem ser mais extensos em relação à greve dos motoristas.
O ministro afirmou que o Governo tentará que não seja necessária uma requisição civil, mas, se for necessário, em caso de incumprimento dos serviços mínimos, não hesitará em utilizar todos os instrumentos disponíveis.
Por seu turno, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, avançou que os veículos ligeiros só podem abastecer no máximo 25 litros de combustível e os pesados 100 litros, durante a greve de motoristas, em postos que não pertencem à Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA).
O governante explicou que a REPA tem dois tipos de postos: um de abastecimento exclusivo e outros para o público em geral.