Cinema com música ao vivo e livro português sobre filmes de terror são novidades no MOTELX

20-07-2022

Filmes de Michel Hazanavicius e Dario Argento, duas sessões de cinema com música ao vivo e um livro sobre cinema português de terror são alguns dos momentos do próximo MOTELX - Festival de Cinema de Terror de Lisboa, hoje anunciado.

A16.ª edição do MOTELX foi hoje apresentada no cinema São Jorge, em Lisboa, sala onde decorrerá grande parte da programação, embora este ano o festival se estenda a mais espaços da cidade, como o teatro municipal São Luiz, o Convento São Pedro de Alcântara e o Museu de Lisboa - Palácio Pimenta.

O MOTELX decorrerá de 06 a 12 de setembro, mas terá o habitual programa de antecipação entre 01 e 03 daquele mês, com várias iniciativas, entre as quais a projeção do filme "O Fauno das Montanhas" (1926), de Manuel Luís Vieira, no jardim do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta.

Este filme foi recentemente restaurado pela Cinemateca Portuguesa e será exibido com música ao vivo pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, no início da sua nova temporada musical.

Da programação do MOTELX, a partir de 06 de setembro, destacam-se os filmes "Final Cut" (2022), do realizador francês Michel Hazanavicius, que abriu em maio o Festival de Cinema de Cannes, e "Dark Glasses" (2002), do italiano Dario Argento.

Entre os filmes portugueses selecionados para este ano estão "Criança Lobo", de Frederico Serra, e a animação "Os demónios do meu avô", de Nuno Beato.

A competição de curtas-metragens portuguesas contará com 12 filmes a concurso, com o festival a elencar "Cemitério Vermelho" (2022), de Francisco Lacerda, "Matrioska" (2021), de Joana Correia Pinto, "Quando a Terra Sangra" (2022), de João Morgado, e "Uma Piscina" (2021), de Carolina Aguiar.

Este ano, a secção "Quarto Perdido" é dedicada ao produtor Paulo Branco, com a exibição de três filmes, que partilham entre si "o terror proveniente do folclore, o chamado 'folk horror'". São eles "O Convento" (1995), de Manoel de Oliveira, "O Fascínio" (2003), de José Fonseca e Costa, e "Coisa Ruim" (2006), de Tiago Guedes e Frederico Serra.

Além de cinema, o MOTELX vai lançar o livro "O Quarto Perdido do MOTELX - Os Filmes do Terror Português (1911-2006)", sobre cinematografia de terror, lusitana e desconhecida, e que "encerra uma década de pesquisa iniciada em 2009 à procura das raízes de um hipotético terror nacional", refere a direção do festival.

No teatro municipal São Luiz, e em parceria coma a Casa Bernardo Sassetti, o MOTELX mostrará "Os Crimes de Diogo Alves" (1911), de João Tavares, e que é considerado o primeiro filme de terror português. A música de Sassetti, para este filme mudo, será interpretada por músicos da Escola Superior de Música de Lisboa.

A programação estará disponível em www.motelx.org.