Covid-19: Construída em três meses, nova unidade de apoio à urgência do Amadora-Sintra já está a funcionar

15-12-2020

A nova área dedicada a doentes respiratórios do Serviço de Urgência Geral do Hospital Fernando da Fonseca já entrou em funcionamento, tendo sido inaugurada pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pelos presidentes das câmaras municipais da Amadora e de Sintra, que financiaram a construção daquela estrutura, num total de 1,2 milhões de euros.

Com uma área de 750 metros quadrados, a nova unidade corresponde a um investimento de cerca de 1,2 milhões de euros, integralmente assegurado pelos municípios da Amadora e de Sintra. O HFF assegurou o investimento de equipamento deste serviço, num montante orçado em 500 mil euros.

Esta nova unidade é uma extensão do Serviço de Urgência Geral do HFF e vem aumentar de forma muito significativa a capacidade de resposta do Hospital à população dos concelhos da Amadora e de Sintra no combate à pandemia de COVID-19. Este investimento estruturante em contexto de aceleração da pandemia nos concelhos servidos pelo HFF permite criar dois circuitos separados, com reorganização dos espaços e dos recursos humanos afetos ao ambulatório do serviço de urgência, através da criação de duas áreas ambulatórias em locais distintos (uma área para doentes sem suspeita de infeção, e outra área para doentes COVID-19).

A nova unidade da urgência disponibiliza, em ambulatório, uma sala de reanimação, uma sala de triagem, uma sala de espera, dez boxes para observação e monitorização de doentes, seis gabinetes de observação médica e uma sala de RX. Cumulativamente, a nova unidade disponibiliza 16 boxes para internamento de pacientes e dois quartos de isolamento.

A propósito da inauguração da nova área dedicada a doentes respiratórios do HFF, a ministra salientou que se trata de um exemplo de união.

"É a mostra da capacidade extraordinária de trabalhar em conjunto, uma lição que ficará e que nos obriga a que jamais voltemos a trabalhar em saúde de outra forma. É também ilustrativa da necessidade dos sistemas de saúde em serem mais resilientes, de se adaptarem, e um exemplo para o desafio que aí vem, combinando uma área de resposta aos doentes respiratórios, alguns deles covid, e de resposta aos outros doentes", frisou Marta Temido.

A presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, uma das autarquias que financiou a obra que teve um custo de mais de um milhão de euros, elogiou "a dedicação e profissionalismo inexcedível de todos os profissionais do HFF" e considerou este um "exemplo de como as autarquias devem complementar as medidas que o governo tem decretado".

Já Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, que suportou metade do investimento feito, considerou que "esta obra é um símbolo de solidariedade num momento difícil".

"É um exemplo da ligação entre as autarquias e o Estado. Quando há necessidades por satisfazer junto das nossas comunidades, primeiro é preciso ajudar, e depois logo se avaliam as competências", disse o autarca sintrense.

O presidente do conselho de administração do HFF, Marco Ferreira, esclareceu que este não era um dia festivo, mas realçou que "é a prova" de que não se pode baixar os braços e" deixar que se instale a desesperança", elogiando o investimento feito pelas autarquias da Amadora e de Sintra e classificando-o como "um sinal claro de que a missão do HFF é partilhada por todos".