Covid-19: Grande Lisboa ainda em risco extremo, com dados já desatualizados

15-02-2021

Apesar da descida acentuada do número diário de novos casos Covid em Portugal, a taxa de incidência cumulativa hoje divulgada pela DGS ainda não reflete essa tendência nos municípios da Grande Lisboa, que assim continuam em risco extremo de infeção. No entanto, os dados reportam à quinzena de 27 de janeiro a 9 de fevereiro.

Portugal tem hoje menos cem concelhos em risco extremo de infeção face à semana anterior, o que representa uma redução de 54,3%, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Há uma semana, mais de 70% dos 308 concelhos portugueses estavam em risco extremo devido ao número de casos de covid-19, e hoje apenas 38,6% estão nesta tabela.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado e que reporta a um período de incidência cumulativa a 14 dias entre 27 de janeiro e 09 de fevereiro, estão neste patamar 119 dos 308 concelhos portugueses.

Entre estes encontram-se os concelhos da Grande Lisboa, que na semana passada estavam quase todos acima dos 2000 casos por cem mil habitantes e que apresentam agora uma descida considerável. Ainda assim, todos se encontram muito acima do limiar deste escalão máximo de risco (960 casos por cem mil habitantes): Amadora (1647), Cascais (1264), Lisboa (1451), Loures (1541), Oeiras (1490) , Odivelas (1790), Mafra (1567) e Sintra (1747).

Há uma semana Portugal estavam em risco extremo 219 dos 308 concelhos.

Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa "corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada".

Portugal registou esta segunda-feira 90 mortes relacionadas com a covid-19 e 1.303 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O boletim epidemiológico da DGS revela também que estão internados 4.832 doentes, mais seis do que no domingo, dos quais 784 em cuidados intensivos, menos onze.

O número de mortes é o mais baixo desde 5 de janeiro, dia em que morreram também 90 pessoas com covid-19.