Festival Alkantara promove artes performativas em vinte espetáculos

14-10-2020

O Alkantara - Festival Internacional de Artes Performativas anunciou hoje que vai apresentar em Lisboa, em novembro, 20 espetáculos, nove em estreia absoluta, numa programação que pretende promover a reflexão sobre temas como a crise ambiental e as identidades marginalizadas. 

Veja o vídeo:

Cinco espaços de Lisboa - Centro Cultural de Belém, Culturgest, São Luiz Teatro Municipal, Teatro do Bairro Alto no Lux, e Teatro Nacional D. Maria II - serão, entre 13 e 29 de novembro, o palco do Alkantara Festival, que a partir deste ano passa a realizar-se anualmente, em novembro, de acordo com a organização.

Dança, teatro, 'performance', conversas e debates constituem a programação da edição de 2020, reunindo duas dezenas de artistas de várias proveniências disciplinares e culturais, com obras que pretendem "estimular a discussão pública", segundo a direção artística, da responsabilidade de Carla Nobre Sousa e David Cabecinha.

Em estreia absoluta serão apresentados os espetáculos 'Heading Against the Wall', de Cão Solteiro & André Godinho, que explora a possibilidade de se fazer teatro fora do teatro e será apresentado em duas versões, para ver em casa ou ao vivo, no Teatro do Bairro Alto (que, por ter o seu espaço em obras, se apresentará no Lux), ou 'Still Dance for Nothing' (2020), criado pela coreógrafa Eszter Salamon, em colaboração com a bailarina Vânia Doutel Vaz.

Ainda em estreia absoluta estarão 'Tafukt', que marca o regresso ao Alkantara do coreógrafo de origem marroquina Radouan Mriziga, 'Sexta-feira: O fim do mundo... Ou então não', o quinto capítulo do projeto 'Sete Anos Sete Peças', da coreógrafa Cláudia Dias, 'Grinding The Wind', um trabalho da artista palestiniana Dina Mimi, com comissariado de The Consortium Comissions - uma iniciativa de Mophradat para promover artistas do mundo árabe -, e 'The Anger! The Fury!', da coreógrafa e dramaturga Sónia Baptista.

Genericamente, no programa do Alkantara Festival 2020, vão estar em destaque projetos que "contribuem para reflexões sobre a crise ambiental, que contrariam a 'invisibilização' de identidades marginalizadas ou que investigam sobre a capacidade de construção e reinvenção de sentidos em cena", segundo a direção artística.