Hábitos alimentares da Família Real e as 'artes da mesa' em debate no Palácio de Queluz
Como foi a alimentação da Família Real ao longo dos séculos? De que forma contribuiu para a encenação do poder régio? Que novos produtos chegaram à corte na sequência da evolução histórica? Quando foi introduzido o consumo do chocolate? E do ananás?
O Palácio Nacional de Queluz, um dos locais que testemunhou estas vivências na segunda metade do século XVIII e inícios do século XIX, é o cenário escolhido para debater o tema dos hábitos da Família Real à mesa, no próximo dia 8 de novembro, num colóquio de entrada livre.
O evento conta com vários especialistas e visa destacar o vasto universo da alimentação e das "artes da mesa" como parte integrante essencial do património cultural e como elemento determinante para a compreensão histórica. É este o grande propósito do projeto "A Place at the Royal Table" ("Um Lugar à Mesa Real"), desenvolvido pela ARRE - Associação das Residências Reais Europeias, no contexto do Ano Europeu do Património Cultural 2018, no âmbito do qual surge esta iniciativa, a última de sete realizadas pela Parques de Sintra nos Palácios Nacionais de Sintra, Pena e Queluz, ao longo do presente ano.
O Palácio Nacional de Queluz, que foi palco privilegiado de inúmeras refeições Reais, acolhe assim um encontro que explora diversas vertentes desta temática, nomeadamente: a mesa enquanto espaço político, de poder e de representação pessoal; a introdução dos produtos exóticos vindos do "Novo Mundo"; a etiqueta e o cerimonial; a decoração das mesas e os objetos nelas expostas. O evento termina com uma sugestiva degustação de chocolate, o gosto invulgar que tanto seduziu as cortes europeias, a partir de finais do séc. XVII.