Hospital Fernando da Fonseca inicia obras de expansão da Unidade de Cuidados Intensivos

21-10-2020

O Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) já deu início à construção de uma nova Unidade de Cuidados Intensivos de nível II (UCI II), para reforçar a resposta da medicina intensiva da instituição no contexto da pandemia COVID-19. A obra, orçada em €801.900, tem conclusão prevista para 10 de dezembro.

Este investimento representa um reforço de 15 camas, face às atuais quatro camas existentes neste nível de cuidados intensivos. Irá implicar também o reforço da equipa de profissionais de saúde do HFF.

A nova UCI II possibilitará a prestação de cuidados médicos a doentes críticos que necessitam de vigilância altamente diferenciada, durante 24 horas por dia, provenientes do Bloco Operatório, Urgência e demais serviços do hospital. Irá responder às necessidades das diversas especialidades médicas e cirúrgicas que fazem parte do perfil assistencial do HFF.

A unidade vai ser construída na área atualmente ocupada pela Unidade de Cirurgia Ambulatória I (UCA I), na proximidade física do Serviço de Medicina Intensiva (SMI), urgência geral e bloco operatório. Trata-se de uma área de 460m2, com capacidade funcional para 15 camas, sendo uma dessas camas destinada para doentes com necessidade de isolamento. O projeto inclui igualmente um posto de enfermagem e de vigilância centralizado com ampla visibilidade sobre os doentes acamados.

A nova UCI II permite ao HFF, que tem atualmente um rácio de 2,6 camas de cuidados intensivos por 100.000 habitantes, melhorar significativamente esse rácio para 5,0. A equipa médica que irá integrar a UCI II resultará da reorganização da equipa do SMI, e será reforçada através da contratação de Médicos intensivistas, enfermeiros e assistentes operacionais.

As 15 novas camas da UCI II do HFF irão melhorar de forma significativa a qualidade dos cuidados de saúde prestados, adequando-os ao doente crítico nos seus diferentes níveis de severidade, diminuindo o número de dias médio dos doentes internados na Unidade de Internamento de Curta Duração do Serviço de Urgência Geral, e otimizando a utilização das camas de Cuidados Intensivos. Permitirá ainda reduzir a taxa de cancelamentos cirúrgicos associada à falta de camas de cuidados intensivos nas cirurgias de maior complexidade, nomeadamente as oncológicas.

Marco Ferreira, Presidente do Conselho de Administração do HFF, explica o reforço da resposta da instituição para fazer frente ao surto pandémico da COVID-19: "A atual situação gera constrangimentos diários no funcionamento e gestão do doente crítico, quer no apoio ao Serviço de Urgência, um dos maiores da zona Sul do país, em termos de número de episódios, quer no apoio à atividade cirúrgica programada ou urgente". 

O responsável acrescenta: "O HFF presta assistência hospitalar a cerca de 550 mil habitantes dos concelhos da Amadora e Sintra, sendo dos Hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo com o maior número de doentes COVID-19 internados desde o início da pandemia. A criação desta Unidade vem aliviar a pressão sobre a Medicina Intensiva da Instituição, estando previstos, a muito breve prazo, novos investimentos no reforço da resposta do Hospital".