Lisboa antecipa comemorações do 25 de Abril

A cidade de Lisboa terá, durante o próximo mês, uma programação centrada nos direitos humanos "através da palavra, da fotografia, do teatro e da música", no âmbito das comemorações do 25 de Abril.

Em comunicado, a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), responsável pela iniciativa 'Abril em Lisboa', revela que este ano é dirigido um "olhar especial para as histórias das mulheres e raparigas".

Ver uma exposição, assistir a uma peça de teatro ou até tocar piano na rua são algumas das várias atividades que podem ser realizadas na capital no âmbito das comemorações da Revolução de Abril.

No dia 6 de abril estará disponível a exposição 'Raparigas de Gaza', na Alameda dos Oceanos, no Parque das Nações, um trabalho da fotojornalista Monique Jaques que incide sobre "jovens mulheres que crescem na Faixa de Gaza".

Já entre os dias 13 e 21 de abril, estará em cena no Cinema São Jorge a peça 'Elas também estiveram lá - quotidianos de resistência e de revolução de mulheres', uma criação do Teatro do Vestido, com direção de Joana Craveiro, em que as mulheres portuguesas são protagonistas.

Entretanto, dá conta a mesma nota, à medida que se aproxima a data da celebração da revolução, em diferentes zonas "vão surgir pianos na cidade", disponíveis entre os dias 20 e 23 e que podem ser experimentados por qualquer pessoa que pretenda tocar ao ar livre.

Posteriormente, no dia 24 de abril, "os cinco pianos juntam-se na Praça do Comércio para um concerto espontâneo a várias mãos".

Finalmente, no dia 25 de abril, a EGEAC destaca a partilha de testemunhos e objetos de antigos reclusos políticos, bem como a dramatização de Joana Brandão baseada em entrevistas a mulheres presas pela PIDE, ambos a ter lugar no Museu do Aljube.

Além de todas estas atividades, a organização sublinha que a segunda edição do 'Festival Política', no Cinema São Jorge, ocorre entre 19 e 22 de abril e apresentará "sessões de cinema, debates, 'workshops' e atividades para crianças" com enfoque nas questões de género e da não-discriminação.