Lisboa Capital Verde Europeia 2020 arranca oficialmente em 10 de janeiro
As iniciativas de Lisboa Capital Verde Europeia 2020 arrancam oficialmente em 10 de janeiro, estando para os dias seguintes prevista a inauguração de uma exposição dedicada ao mar e a plantação de 20 mil árvores.
A programação foi apresentada pelo vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia, José Sá Fernandes (eleito pelo PS), esta manhã em Monsanto.
O investimento previsto para Lisboa Capital Verde Europeia é de 60 milhões de euros, de acordo com o orçamento camarário aprovado pela Assembleia Municipal na semana passada.
Segundo o autarca, no primeiro dia haverá uma festa no Pavilhão Carlos Lopes e uma cerimónia com jantar oficial na Estufa Fria, que contará com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, do comissário europeu para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella, assim como do presidente da câmara, Fernando Medina (PS).
No dia seguinte, 11 de janeiro, será inaugurada uma exposição no Oceanário de Lisboa, para a qual "ainda não há título", mas que tem a descrição: "O Mar de Portugal como nunca o vimos".
Para dia 12, está prevista a plantação de um total 20 mil árvores no Alto da Ajuda, Santa Clara, Areeiro/Marvila e no corredor verde de Monsanto.
Durante a apresentação, o responsável pelo pelouro do Ambiente destacou também que, em 01 de junho, a Fundação Calouste Gulbenkian acolhe a abertura da "Green Week 2020", uma iniciativa da Comissão Europeia.
Ao longo do ano, Lisboa contará ainda com "conferências, debates e conversas sobre todas as matérias", do "ambiente e alterações climáticas à saúde e alimentação saudável".
Na próxima sexta-feira, 06 de dezembro, a autarquia vai abrir o 'site' lisboagreencapital2020.com e, a partir de janeiro, a Praça do Município contará com uma loja aberta aos cidadãos com informação diária sobre a agenda e uma zona de exposições.
O vereador do Ambiente destacou que Lisboa não ganhou este prémio por ser "a cidade mais sustentável", mas sim porque "foi a cidade que evoluiu em todos os parâmetros ambientais - energia, água, mobilidade, resíduos e infraestrutura verde e biodiversidade".
Sá Fernandes notou que a cidade e a câmara têm vindo a reduzir o consumo de água, a cumprir as metas de descarbonização, adiantando ainda que haverá uma evolução de 100 hectares em estrutura verde até 2021, face à área atual (250 hectares).
Segundo o autarca, atualmente há 700 talhões na cidade e 20 parques hortícolas, esperando-se que até 2021 passem para 1.000 e 25, respetivamente.
Com o lema "escolhe evoluir", a iniciativa de capital verde europeia assenta na informação, participação, valorização, debates, e o envolvimento de toda a comunidade, nomeadamente juntas de freguesia, escolas, universidades, empresas, instituições e cidadãos.
"Nós queremos informar, queremos que haja grande participação, queremos valorizar, queremos debater e obviamente com isto tudo envolver todos e todas", sublinhou Sá Fernandes.
"Não vamos usar o galardão para um passeio de vaidades, nós vamos usar o galardão para puxarmos por esta agenda", afirmou, por seu turno, Fernando Medina.
Para o chefe do executivo municipal, é necessário que todos façam mais do que a sua parte, "porque há outros que não estão a fazer a parte que lhes compete".