Lisboa Capital Verde Europeia 2020 arranca oficialmente em 10 de janeiro

02-12-2019

As iniciativas de Lisboa Capital Verde Europeia 2020 arrancam oficialmente em 10 de janeiro, estando para os dias seguintes prevista a inauguração de uma exposição dedicada ao mar e a plantação de 20 mil árvores.

A programação foi apresentada pelo vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia, José Sá Fernandes (eleito pelo PS), esta manhã em Monsanto.

O investimento previsto para Lisboa Capital Verde Europeia é de 60 milhões de euros, de acordo com o orçamento camarário aprovado pela Assembleia Municipal na semana passada.

Segundo o autarca, no primeiro dia haverá uma festa no Pavilhão Carlos Lopes e uma cerimónia com jantar oficial na Estufa Fria, que contará com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, do comissário europeu para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella, assim como do presidente da câmara, Fernando Medina (PS).

No dia seguinte, 11 de janeiro, será inaugurada uma exposição no Oceanário de Lisboa, para a qual "ainda não há título", mas que tem a descrição: "O Mar de Portugal como nunca o vimos".

Para dia 12, está prevista a plantação de um total 20 mil árvores no Alto da Ajuda, Santa Clara, Areeiro/Marvila e no corredor verde de Monsanto.

Durante a apresentação, o responsável pelo pelouro do Ambiente destacou também que, em 01 de junho, a Fundação Calouste Gulbenkian acolhe a abertura da "Green Week 2020", uma iniciativa da Comissão Europeia.

Ao longo do ano, Lisboa contará ainda com "conferências, debates e conversas sobre todas as matérias", do "ambiente e alterações climáticas à saúde e alimentação saudável".

Na próxima sexta-feira, 06 de dezembro, a autarquia vai abrir o 'site' lisboagreencapital2020.com e, a partir de janeiro, a Praça do Município contará com uma loja aberta aos cidadãos com informação diária sobre a agenda e uma zona de exposições.

O vereador do Ambiente destacou que Lisboa não ganhou este prémio por ser "a cidade mais sustentável", mas sim porque "foi a cidade que evoluiu em todos os parâmetros ambientais - energia, água, mobilidade, resíduos e infraestrutura verde e biodiversidade".

Sá Fernandes notou que a cidade e a câmara têm vindo a reduzir o consumo de água, a cumprir as metas de descarbonização, adiantando ainda que haverá uma evolução de 100 hectares em estrutura verde até 2021, face à área atual (250 hectares).

Segundo o autarca, atualmente há 700 talhões na cidade e 20 parques hortícolas, esperando-se que até 2021 passem para 1.000 e 25, respetivamente.

Com o lema "escolhe evoluir", a iniciativa de capital verde europeia assenta na informação, participação, valorização, debates, e o envolvimento de toda a comunidade, nomeadamente juntas de freguesia, escolas, universidades, empresas, instituições e cidadãos.

"Nós queremos informar, queremos que haja grande participação, queremos valorizar, queremos debater e obviamente com isto tudo envolver todos e todas", sublinhou Sá Fernandes.

"Não vamos usar o galardão para um passeio de vaidades, nós vamos usar o galardão para puxarmos por esta agenda", afirmou, por seu turno, Fernando Medina.

Para o chefe do executivo municipal, é necessário que todos façam mais do que a sua parte, "porque há outros que não estão a fazer a parte que lhes compete".