Lisboa, Cascais e Oeiras têm as casas mais caras do País

31-10-2018

Trinta e oito municípios portugueses, localizados maioritariamente no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa, registaram preços da habitação superiores ao valor nacional durante o segundo trimestre de 2018, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No período em análise, "o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 969 euros por metro quadrado (Euro/m2), registando um aumento de +2% relativamente ao trimestre anterior e +8,15% relativamente ao trimestre homólogo", de acordo com as estatísticas de preços da habitação ao nível local.

Segundo os dados do INE, o preço mediano da habitação manteve-se, no segundo trimestre de 2018, acima do valor nacional no Algarve (1.465 Euro/m2), Área Metropolitana de Lisboa (1.305 Euro/m2) e na Região Autónoma da Madeira (1.159 Euro/m2).

Dos 38 municípios que apresentaram preços da habitação superiores ao valor nacional, Lisboa foi o que registou o preço mediano mais elevado do país, com um valor médio de 2.753 Euro/m2.

"Com valores acima de 1.500 Euro/m2 destacaram-se ainda os municípios de Cascais (2.100 Euro/m2), Loulé (1.846 Euro/m2), Oeiras (1.819 Euro/m2), Lagos (1.744 Euro/m2), Albufeira (1.631 Euro/m2) e Tavira (1.594 Euro/m2)", avançou o INE.

A menor amplitude de preços da habitação entre municípios verificou-se na Lezíria do Tejo, em que o valor médio se fixou nos 265 Euro/m2, apontam as estatísticas, apurando que o menor valor se registou na Chamusca (443 Euro/m2) e o maior em Benavente (708 Euro/m2).

Já a Área Metropolitana de Lisboa foi a que manteve a maior amplitude de preços da habitação entre municípios (2.133 Euro/m2), seguindo-se o Algarve, a região de Coimbra e a Região Autónoma da Madeira que também apresentaram um diferencial de preços superior a 1.000 Euro/m2.

"No segundo trimestre de 2018, em Portugal, o preço mediano de vendas de alojamentos novos foi de 1.084 Euro/m2 e para os alojamentos existentes o valor situou-se em 949 Euro/m2", afirmou o INE, referindo que, "à semelhança de trimestres anteriores, a Área Metropolitana de Lisboa apresentou a maior diferença entre o preço de alojamentos novos e o de alojamentos existentes (406 Euro/m2)".

A Área Metropolitana de Lisboa (1.672 Euro/m2), Algarve (1.589 Euro/m2), Região Autónoma da Madeira (1.240 Euro/m2), Área Metropolitana do Porto (1.171 Euro/m2) e Alentejo Litoral (1 105 Euro/m2) registaram um preço médio de venda de alojamentos novos acima do valor nacional.

Já os preços de alojamentos existentes superiores ao referencial verificaram-se também nestas sub-regiões, com exceção da Área Metropolitana do Porto e Alentejo Litoral, com o preço mais elevado no Algarve (1.433 Euro/m2), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (1.266 Euro/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.135 Euro/m2).

Entre as 25 NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos) do país, "o menor preço mediano de alojamentos novos e existentes vendidos verificou-se no Alto Alentejo, 547 Euro/m2 e 428 Euro/m2, respetivamente", informou o INE.

Das sete cidades do país com mais de 100 mil habitantes, todas registaram no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo, uma subida dos preços da habitação, destacando-se o Porto que, pela primeira vez, registou o segundo maior preço da habitação entre estas cidades, com um valor médio de 1.460 Euro/m2, posicionando-se agora após Lisboa (2.753 Euro/m2) e ultrapassando o valor da cidade do Funchal (1.439 Euro/m2).

Em termos de taxas de crescimento, a cidade do Porto foi a que verificou maior subida, +24,7%, seguindo-se Lisboa (+23,4%), Amadora (+15,8%), Braga (12,3%), Funchal (10,4%), Vila Nova de Gaia (+10,3%) e Coimbra (+5%).

Analisando os preços dos alojamentos novos e dos alojamentos existentes, a cidade de Lisboa foi a que verificou maior diferença, com uma variação de 741 Euro/m2, em que as casas novas registaram um valor médio de 3.441 Euro/m2 e as casas existentes um valor mediano de 2.700 Euro/m2.

Para as cidades com mais de 200 mil habitantes, designadamente Lisboa e Porto, o INE disponibilizou dados por freguesia.