Mercedes-Benz E 300e: Limousine ecológica na cidade, autónoma em viagem

20-02-2020

Gasolina ou elétrico? O Mercedes-Benz Classe E 300e oferece as duas opções. Unidade elétrica com autonomia para mais de 50 km para andar na cidade e motor a gasolina de 211 cv para as viagens mais longas. O melhor de dois mundos associado ao luxo de uma limousine cinco estrelas.

Mais do que uma moda, o interesse pelos carros elétricos numa ótica de mobilidade sustentável é cada maior entre nós. Porém, ainda são muitas as limitações a uma circulação em modo 100% elétrico, razão pela qual a opção por modelos com tecnologia "hybrid Plug-in" continue a ser a solução mais equilibrada e versátil.

O novo Mercedes Classe E 300e é disso um exemplo: junta o melhor de duas tecnologias - convencional (combustão interna) e elétrica - garantindo autonomia sem limites para todo o tipo de trajetos. A variante híbrida Plug-in do Mercedes-Classe E, também associada ao já consagrado motor 2.0 turbodiesel, de 4 cilindros e 194 cv, está agora também disponível com propulsor a gasolina de 1991 cc, 211 cv, caixa automática de nove velocidades, 9G-TRONIC, a que se associa um motor elétrico de 122 cv, alimentado por bateria de iões de lítio de 13,5 kWh e que dispõe de uma autonomia anunciada de 50 quilómetros, permitindo uma velocidade máxima de 130 km/h em modo cem por cento elétrico.

Este conjunto permite, sem sombra de dúvida, circular em modo totalmente elétrico nas deslocações de casa para o trabalho ou nos pequenos passeios, tendo sempre como segurança o motor a gasolina que não nos deixará ficar mal quando a bateria se esgotar ou no caso de necessitarmos de maior dose de potência. Aqui, diga-se que a potência combinada (Gasolina+Elétrico) é de 320 cv e que o binário ascende aos 700 Nm, o que permite chegar dos zero aos 100 km/h em apenas 5,7 segundos.

No ensaio realizado ao Mercedes E 300e Limousine, vestimos a pele de um profissional que se desloca diariamente da sua casa na zona litoral de Sintra para o escritório, em Lisboa. A ideia era saber até que ponto conseguiríamos fazer os 44 km de cada percurso em modo 100% elétrico. A prova foi superada, embora com limite de velocidade e escolhendo o percurso mais favorável em termos de descidas e subidas.

Assim, carregado em casa durante a noite, o E 300e chegou a Lisboa com autonomia de apenas 7% , mas recuperou toda a sua capacidade em menos de duas horas num dos muitos pontos públicos de carregamento que a Cidade dispõe, neste caso na Av. 24 de Julho.

Assim, sendo, a viagem de ida e volta em veículo de grande luxo não custou mais de 1,50€. Menos seis euros face a um carro Diesel.

Num dos dias, optei por seguir um percurso mais longo e a maior velocidade, através da auto-estrada, e então seleccionei um dos modos de funcionamento do sistema híbrido, o 'E-Save', que permite guardar a carga acumulada na bateria recorrendo apenas ao motor de combustão interna, sendo que noutra parte do percurso optei pelo modo 'Charge' que utiliza o motor térmico para a locomoção e para repor carga na bateria.

Dentro desta tecnologia, podemos ainda optar pelo modo 'Hybrid', em que o sistema gere automaticamente a articulação entre os dois motores e o 'E-Mode', que restringe toda a condução ao motor elétrico.

Na combinação dos dois motores, em cada 100 km conseguimos médias de consumo de gasolina na casa dos 3,7 l/100 km, valor que subiu para os 7,0 l/100 km quando optámos por realizar um percurso maior, entre Lisboa e Torres Vedras, explorando toda a capacidade de regeneração de energia da bateria, mas sem grandes poupanças na condução em auto-estrada.

Aqui, como prova a foto, fizemos 158 km, dos quais 78 (toda a zona urbana e de estrada nacional) em modo zero emissões e o restante (auto-estrada) a gasolina, com média de consumo de 7,0 l/100 km.

Quanto ao resto, o E 300e tem tudo o que oferecem as convencionais limousines da gama, nomeadamente conforto, espaço e requinte ao mais alto nível; design clássico, mas muito moderno e apelativo e um nível de equipamento e tecnologia quase sem igual.

Em desfavor, apenas a menor capacidade da bagageira, mercê do espaço sob o piso da mala ocupado pelas baterias, que passa de 640 litros na versão convencional para 480 litros.

A versão base tem preços na casa dos 67.500€, sendo que por se tratar de um veículo com autonomia elétrica superior a 25 quilómetros, beneficia de incentivos fiscais para as empresas, o que o torna mais competitivo face aos modelos convencionais.

Paulo Parracho