Metro promete 85% de operacionalidade das composições até final de julho
O Metropolitano de Lisboa estimou hoje que no final de julho 85% das composições que constituem a frota vão estar operacionais, depois de o ministro do Ambiente ter previsto que o material necessário estaria disponível em maio.
Ainda segundo a empresa, prevê-se, aquando da implementação dos horários de inverno, "a plena capacidade do seu material circulante".
Em 14 de fevereiro, em comissão parlamentar, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, reconheceu a existência de problemas no Metro de Lisboa, salientando que estavam a ser resolvidos e que, em maio, o serviço iria ter o material de que necessitava.
"Temos um problema [no Metro de Lisboa] e estamos a solicitar a [disponibilidade] de eletromecânicos para depressa podermos recuperar as UT [unidades triplas] que temos", afirmou João Matos Fernandes.
Questionado pela agência Lusa sobre o estado do material circulante e a previsão de quando iria começar a rodar, o Metropolitano de Lisboa reconheceu, igualmente, que "por dificuldades económicas orçamentais reduziu significativamente os trabalhos de manutenção pesada do seu material circulante nos últimos cinco anos".
"Desde janeiro de 2017 que a empresa se encontra a desenvolver os trabalhos necessários à recuperação do material circulante e da infraestrutura, estimando-se que, no final do próximo mês de julho, seja recuperada a disponibilidade operacional de 85% das composições constituintes da frota, o que permitirá à empresa dar efetiva resposta às atuais necessidades do serviço público", refere a resposta do Metro.
As unidades triplas são composições com três carruagens, estando cerca de 20 avariadas nas oficinas do Metro à espera de arranjo.
Inaugurado em 29 de dezembro de 1959, o Metro de Lisboa começou a operar com uma linha em Y e com 11 estações. Atualmente, existem quatro linhas e 56 estações.
De acordo com o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa, apresentado em maio do ano passado, o Metro de Lisboa vai ter mais duas estações - Estrela e Santos - até 2022, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.
Metro lança plataforma REDE para ajudar quem mais precisa
O Metropolitano de Lisboa anunciou hoje o lançamento da plataforma REDE - Renascer, Erguer, Dedicar e Envolver, que pretende ligar os que mais precisam com aqueles que, de forma voluntária, querem ajudar.
Em colaboração com a empresa de soluções multiplataformas Create It, o Metro de Lisboa assume o seu compromisso na promoção de uma estratégia empresarial no domínio da responsabilidade social e da cidadania.
A plataforma surgiu no contexto do apoio à reconstrução das áreas atingidas pelos incêndios ocorridos em Portugal em outubro de 2017, tendo como concelho pioneiro Oliveira do Hospital.
Pretende-se, agora, que mais concelhos entrem na REDE, registando as suas necessidades.
A REDE é, assim, um mercado solidário que pretende ligar, de forma digital, os dadores - todos os que queiram contribuir, sejam particulares ou entidades publicas, coletivas ou privadas - e as entidades beneficiárias - como autarquias ou Instituições Particulares de Solidariedade Social - que registam na plataforma os bens e serviços necessários à população que ajudam.
De acordo com a informação do Metro de Lisboa, o aumento de entidades beneficiárias e doadoras, mesmo fora do contexto inicial do projeto, proporciona "uma nova ambição", esperando-se o seu crescimento para uma dimensão nacional, como uma ferramenta solidária útil e credível, quer nos cenários de pós-catástrofe, quer no quotidiano, sendo uma plataforma aberta à comunidade.
A REDE pretende assim facilitar a satisfação das necessidades registadas pelas entidades beneficiárias que publicam e atualizam os respetivos anúncios, permitindo aos doadores conhecer quais os bens e serviços mais necessários e urgentes em cada momento e, de forma simples, contactar a entidade beneficiária e combinar a entrega do bem ou serviço que pretende doar.
Através da REDE será igualmente possível o reforço do tecido empresarial nas zonas mais necessitadas. Para esse efeito, pode existir na plataforma redesolidaria.pt uma listagem de fornecedores com capacidade produtiva, gerida pelos concelhos, para que possam ser selecionados e contratados.