Nova edição da revista 'Egoísta' descreve o 'Destino' aos seus leitores
"Destino" é o tema da 67ª edição da revista "Egoísta", propriedade do grupo Estoril Sol, "que tem publicado, há já 19 anos, os maiores nomes da literatura, artes e fotografia", recorda a editora, Patricia Reis.
"Existir, a que será que se destina?" canta Caetano Veloso numa canção que nos permite viajar na memória e navegar nas questões existencialistas que promovem ideias felizes. Entre a poesia e a imagem, as páginas desta edição celebram Amália, o tempo que temos entre amigos e família, o tempo dos amores, a corrida contra a morte, a nostalgia do mar, a incerteza do futuro e ainda a ideia feliz de termos tempo para combater o tempo", explica Patricia Reis.
Nesta edição poderá encontrar colaborações de Chiharu Shiota, Daniel Blaufuks, Miguel Carvalho, Augusto Brázio, Aldina Duarte, Rita Ferro, Cláudio Garrudo com Gonçalo M. Tavares, Toma Valčiukaitė, João Tordo, Pedro Proença, Helena Gonçalves, Ana Freitas Reis com Francisco Vidal, Sandro William Junqueira, Sandra Rocha, Dulce Garcia, Valério Romão, Manuel San Payo, Isabel Rio Novo, Ana Beatriz Zimmermann, Elsa Bastos, Martin Kaufmann e Maria Augusta Babo.
No editorial intitulado "O Destino e a Vida", escreve Mário Assis Ferreira, Director da "Egoísta": "Talvez o Destino, na sua comum acepção, nem sequer exista! Existirá, sim, um mero percurso entre dois interstícios: o útero, de que nos brota a Vida; a sepultura, que nos recolhe os despojos. Esses, os indeléveis ditames do Destino: na aleatoriedade com que nos confere o prémio da Vida, na inexorabilidade com que nos cobra o seu preço final. Como se, pela inocência do acto de nascer, logo o Destino, à revelia do contraditório, nos condenasse à morte..."
"Mas, no percurso da Vida, o Destino somos nós! Mesmo que o existir seja, para alguns, a monótona sucessão dos dias, qual errático percurso de um cego que se deixa guiar pela inconsequência do ébrio. Para esses, a vida é uma sujeição a infinitas complacências, um vácuo resignado que se imola na abdicação e se esgota no silêncio. Como quem sabe que se morre, sem que saiba por que se vive... Sem pressentir, sequer, que a força da vontade, longe de ser opção, é uma exigência da vida... Para outros, os que assumem essa exigência, é na determinação, na autoconfiança, no sentido de missão, que a Vida ganha o privilégio de merecer ser fruída".
"Pois que, no essencial, a Vida faz-nos duas exigências: que a compreendamos e que a vivamos. Na primeira, há que aprender a olhar para trás; na segunda, é obrigatório olhar para a frente! E, nesse olhar fronteiro, há que vislumbrar, no sonho, os alicerces em que se funda a esperança! Assim se justifica o ofício de viver. Assim se revoga a prevalência do Destino! Até que, um dia, esse Destino regresse, quando as estrelas se apagarem e as velas se acenderem. Nesse ocaso da Vida, surge, inexorável, a existencial incógnita sobre um fim absoluto ou a fé num outro recomeço. Como se, nesse ignoto recomeço, a Vida fosse, apenas, uma oportunidade de encontro; como se só na morte se alcançasse a junção; como se os corpos apenas fossem o abraço; como se só nas almas se encontrasse a plenitude do enlace. Será esse um outro patamar do Destino? Ou será, afinal, um desígnio de Deus?", questiona Mário Assis Ferreira.
Produzida e desenhada pela 004 desde a primeira edição, a "Egoísta" conta actualmente com 84 prémios nacionais e internacionais.
Em mais uma edição de colecionador, a "Egoísta - Destino", como as restantes, é para guardar. Os leitores da revista "Egoísta" podem encontrá-la à venda nos balcões Clube IN do Casino Estoril e do Casino Lisboa. A "Egoísta" tem, ainda, uma campanha de assinaturas e está disponível em www.egoista.pt