Oeiras celebra 25 de abril com concertos dos UHF, Luís Portugal e João Afonso para seguir online

23-04-2021

A par do programa oficial de comemorações do 47.º aniversário do 25 de Abril de 1974, a Câmara Municipal de Oeiras vai assinalar a data com a realização de três concertos de música, que serão apresentados live streaming, nas redes sociais do Município (Facebook e Instagram).

No dia 23 de abril às 20H30, terá lugar o concerto de "UHF canta José Afonso - As Canções do Andarilho".

Os UHF trazem-nos uma interpretação muito própria das músicas de Zeca Afonso, um génio da melodia, mas respeitando a obra e o autor. Nas palavras do músico António Manuel Ribeiro, referindo-se aos UHF, "somos um grupo elétrico, trouxemos a batida e o grito, a densidade da guitarra à solta, mas também o som acústico, o bandolim, os coros".

Os UHF constituem-se pelos músicos António Manuel Ribeiro (Voz e Guitarra), António Côrte-Real (Guitarra), Luis Simões "Cebola" (Baixo), Ivan Cristiano (Bateria) e trazem como músico convidado Nuno Oliveira (Piano, Órgão e Bandolim).

Este terá lugar no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide e será aberto ao público, de acordo com as regras definidas pela DGS e IGAC. A entrada é gratuita/livre e as senhas são distribuídas no local, entre as 17H00 e as 20H00 do dia do Concerto, limitadas à lotação.

O Concerto de Luís Portugal "De Adriano a Zeca" está marcado para o dia 24, às 21H30.

A voz de Luís Portugal ("Jafumega") junta-se às guitarras de Pedro Pereira e aos Vibrafone e Percussões de Ricardo Coelho e, juntos, "cantam as palavras que os unem, numa viagem que viu ABRIL nascer, e que não deixa ABRIL morrer".

No dia 25 de abril, às 21H30, será apresentado o concerto "Sangue Bom" de João Afonso.

Três autores, dois escritores e um músico/cantor, sem pátria definida. Uma pitanga de verde mar construída como uma narrativa de histórias e mistérios de Mia Couto e de José Eduardo Agualusa com a musicalidade de João Afonso. São canções de amizade, fraternidade, de amor e contos sobre o paradigma perdido da infância. São afirmações com melodia de uma identidade lusófona, sem raça, com estradas de terra, cacimbo e lagartos ao sol numa grande casa branca. Um domínio de afetos humanos musicais entre Portugal, Moçambique e Angola.

É um trabalho de sonoridades híbridas, mas únicas, que ficaram no subconsciente coletivo de pessoas que se cruzaram num espaço nosso e que existe entre os três povos tal como entre os autores. Há como a invenção de um novo território, onírico, traduzida nas diversas colaborações entre autores e músicos, com a riqueza dos arranjos de Vítor Milhanas a realçar esta sonoridade lusófona. A voz de João Afonso, também ele fruto da história, pois é um músico luso/moçambicano, numa combinação perfeita com dois amigos, dois escritores, poetas consagrados e de grande qualidade: José Eduardo Agualusa, de Angola, e Mia Couto, de Moçambique.

Este concerto será realizado pelos músicos João Afonso (Voz e Guitarra), Miguel Fevereiro (Guitarras e Vozes), António Pinto (Guitarra baixo, Guitarra e Vozes) e João Ferreira (Percussões).