Prevenção de Incêndios: Área Metropolitana com três torres de acompanhamento remoto nas serras de Sintra, Arrábida e em Mafra

16-06-2021

Três torres de acompanhamento remoto vão fazer a vigilância, 24 horas por dia, de áreas críticas ao nível de incêndios florestais e rurais no Parque Natural da Arrábida, no Parque Natural de Sintra-Cascais e Mafra, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) adianta que as torres, disponíveis a partir desta semana, estão instaladas na serra de São Luís (Setúbal), cobrindo uma área de cerca de 60.000 hectares, em Alcabideche (Cascais), abrangendo cerca de 20.000 hectares, e no Funchal (Mafra), com cerca de 28.000 hectares alcançados.

"O sistema integrado de videovigilância de grandes áreas deteta, de uma forma automática e precocemente, focos de incêndio, e identifica colunas de fumo, pontos quentes ou chamas, durante ou dia e noite, inclusivamente sob condições de visibilidade adversas", é referido na nota.

De acordo com a AML, sempre que é detetado um foco de incêndio, é disparado um alarme visual e sonoro aos operadores, que poderão analisar a informação e, inclusivamente, direcionar a câmara de vigilância para a ocorrência.

A AML indica que cada uma das torres inclui quatro câmaras, com funções diferenciadas.

"Uma câmara de vigilância, orientável e com um zoom de grande alcance, que serve de ferramenta de validação, localização e acompanhamento das ocorrências; uma câmara de deteção no espetro visível, também orientável, e exclusivamente dedicada à deteção automática de incêndios, que permite identificar novas colunas de fumo", é referido.

Uma terceira câmara do espetro infravermelho faz a deteção térmica orientável, possibilitando a identificação de pontos quentes que possam corresponder a novos fogos, e, por fim, há uma câmara de segurança local, fixa, dedicada à proteção e segurança dos equipamentos integrantes da torre.

As torres incluem ainda um sensor meteorológico que permite monitorizar e determinar o risco de incêndio em toda a região.

A informação recolhida pelas torres é encaminhada, através de um sistema de comunicações rádio, para os dois Centros de Gestão e Controlo, localizados nos comandos distritais da GNR (Lisboa e Setúbal).

"Durante a época de incêndios, os militares poderão também utilizar toda a informação recolhida pelo sistema, em tempo real, nas salas de operação dos Comandos Distritais de Operações e Socorro (CDOS) de Lisboa e Setúbal, no âmbito da ação das Equipas de Manutenção e Exploração de Informação Florestal", refere a AML.

No CDOS de Setúbal será instalado um 'videowall' que permitirá maximizar a partilha da informação gráfica do sistema entre todos os operadores. No CDOS de Lisboa será assegurada a integração com o 'videowall' existente.

A informação transmitida pela torre instalada na serra de São Luís está atualmente operacional e disponível no Comando Territorial da GNR de Setúbal, enquanto a informação veiculada pelas torres de Alcabideche (Cascais) e do Funchal (Mafra) está disponível no Comando de Lisboa da mesma força de segurança.

A AML adianta ainda que o projeto global prevê a instalação de mais nove torres de acompanhamento remoto ao longo dos próximos dois meses, estimando que, até ao final de agosto, estejam instaladas quatro torres em cada uma das áreas protegidas pelo sistema e que a totalidade das 12 torres estejam finalizadas em novembro deste ano.