Quorum Ballet apresenta nova criação “S Ó S” de Daniel Cardoso

27-07-2020

A companhia de dança Quorum Ballet irá estrear, na RTP2, no próximo dia 15 de agosto (sábado), pelas 22h10, o espetáculo "S Ó S", de Daniel Cardoso.

Trata-se de uma peça inebriante, inevitavelmente inspirada no momento desconcertante que nos afeta à escala global. Uma estreia absoluta de um espetáculo que apela à resiliência e nos recorda que o que nos une é mais forte do que nos separa, e que nunca estamos sós...

Nascida em 2005 na cidade da Amadora e apoiada pelo município desde a sua criação, a companhia de dança Quorum Ballet não tem parado de crescer. Graças à qualidade do seu trabalho, tem vindo a ganhar o reconhecimento nacional e internacional e notoriedade que lhe é merecida.

Desde a sua criação, o Quorum Ballet conta com 690 espetáculos, 78 internacionalizações, atuações em 18 países e 53 cidades do Mundo. Mais de 61 cidades em Portugal.

Sinopse | Espetáculo "S Ó S" de Daniel Cardoso

«Vivemos os tempos mais estranhos e inacreditáveis da nossa era. Este nosso mundo que se move a uma velocidade vertiginosa finalmente "parou" e a humanidade isolou-se. Deixámos de correr e o calendário "desacelerou", fechados em casa a pensar se ainda sabemos o que fazer do tempo que nos parece sobrar...

São tempos contraditórios, repletos de paradoxos e que nunca pensámos ser possível acontecerem à escala global. Sentimo-nos mais pequenos e impotentes para controlar as nossas vidas. Passámos de poder experienciar, sentir e cheirar qualquer canto do globo, para estarmos confinados nas nossas casas assistindo a tudo à distância de um ecrã.

Vivemos a ilusão da proximidade nesse ecrã, através do virtual enquanto a proximidade real nos é recusada.

Não podemos beijar, não podemos tocar, não nos podemos movimentar, não podemos conviver e não podemos abraçar quem amamos. Vivemos a época do "não", da frieza e do distanciamento físico e apercebemo-nos que tudo o que dávamos por adquirido afinal se pode esfumar em segundos: perdemos a liberdade.

Nunca estivemos tão longe e em simultâneo tão perto. Mas também nunca estivemos tão sós e a precisar tanto da ajuda uns dos outros. Apercebemo-nos a cada dia que precisamos cuidar e ser cuidados e que as diferenças perdem sentido perante dificuldades comuns, perante algo maior que nos congrega numa responsabilidade partilhada de interdependência e respeito.

Perdemos a nossa liberdade mas conquistámos tempo; perdemos a nossa liberdade mas obtivemos perspetiva de vida; perdemos a nossa liberdade mas ganhámos uma oportunidade única de nos reencontrarmos.

Enquanto a humanidade pede "socorro", passamos os dias no nosso sofá...»